• SEGURANÇA ALIMENTAR Presidente da República anuncia iniciativas para reduzir importação de fertilizantes e vacinas animal


    A indústria de fertilizantes no Soyo e o centro de vacinas no Huambo, com uma previsão de conclusão em três anos, vão eliminar gradualmente a necessidade total de importação de fertilizantes e vacinas para o gado bovino, suíno e aves.

    O anúncio foi feito pelo Presidente da República, João Lourenço, durante a segunda reunião ordinária do Conselho da República, realizada esta quarta-feira, 21 de Agosto, no Palácio Presidencial, em Luanda.

    Sem avançar datas específicas, João Lourenço também revelou a colaboração com o sector privado, para promover a construção de infra-estruturas estratégicas, como matadouros, silos de armazenamento e unidades de processamento de arroz e trigo ao longo do Corredor do Lobito e em outras regiões do país já definidas.

    Essas infra-estruturas, de acordo com o Chefe de do Executivo, vão permitir que a produção nacional de cereais e grãos seja absorvida localmente, reduzindo a necessidade de importação de carne bovina, suína e de frango.

    “Estamos encorajados com o facto de termos conseguido reduzir consideravelmente a importação de carne bovina, que exauria as nossas divisas. Tudo deve ser feito para reduzirmos também a importação de carne suína e de frango,  através do aumento da produção interna”, afirmou.

    Na mesma ocasião, João Lourenço destacou os grandes projectos de infra-estruturas hídricas em curso na província do Cunene, como os do Cafu, N’Due, Calucuve e Cova do Leão, que beneficiarão a região com quase 1.900 milhões de metros cúbicos de água e 440 quilómetros de canais, que considera fundamentais para promover a produção agrícola e piscatória em larga escala, além de mitigar os efeitos da seca no sul do país.

    O Presidente enfatizou ainda o apoio contínuo à agricultura familiar, considerando-a uma força motriz para o combate à fome e à pobreza em Angola.

    De acordo com João Lourenço, as políticas do Executivo visam estimular a produção interna de bens alimentares e reduzir as importações de produtos que podemos produzir localmente.

    “Nossa ambição é ver os produtos da cesta básica e da reserva estratégica alimentar constituídos essencialmente por produtos produzidos, transformados e embalados localmente”, referiu.