• Operações de voos comerciais arrancam em Outubro deste ano


    As operações de voos comerciais no Aeroporto Internacional Dr. António Agostinho Neto arrancam a 13 de Outubro, anunciou, ontem, em Lisboa, Paulo Nóbrega, do Gabinete Operacional daquele empreendimento, no decorrer do “Doing Business Angola 2024”.

    De acordo uma nota da Embaixada de Angola em Portugal, com Paulo Nóbrega, o evento organizado pelo Jornal Económico e a Forbes Portugal e Países Lusófono serviu para explicar aos empresários lusos as potencialidades do novo aeroporto e do projecto do Corredor do Lobito.

    Segundo Paulo Nóbrega, o arranque das operações a 13 de Outubro vai obrigar a um enorme esforço logístico para colocar tudo a funcionar até antes da data prevista.

    Por sua vez, o ministro dos Transportes, Ricardo d’Abreu, disse que um dos grandes objectivos é fazer de Angola uma placa giratória da aviação entre a Europa e outros destinos intercontinentais, entre os quais África.

    Actualmente, a principal placa giratória para a aviação em África está em Joanesburgo, mas o ministro acredita que o facto de Angola estar três horas mais perto da Europa poderá ser determinante para o alavancamento das operações no novo aeroporto internacional de Luanda.

    Durante o encontro, foi, igualmente, apresentado o Corredor do Lobito, uma rota de transporte importante que prevê conectar o interior africano ao Oceano Atlântico, incluindo nações sem acesso ao mar como a Zâmbia e a República Democrática do Congo.

    O evento, que contou com a presença, entre outros, do ministro dos Transportes, Ricardo d’Abreu, e do presidente do Conselho de Administração da Agência de Investimento Privado e Promoção das Exportações (AIPEX), Arlindo das Chagas Rangel, reuniu num hotel de Lisboa diplomatas e homens de negócios portugueses e angolanos de diferentes ramos de actividade, tendo homenageado o empresário luso-angolano Jaime Freitas, pela sua forte presença empresarial em Angola.

    Na sua intervenção, que encerrou o evento, o ministro destacou a importância do Plano Nacional do Sector dos Transportes e Indústrias Rodoviárias, onde se insere o Corredor do Lobito.

    De acordo com Ricardo d’Abreu, o projecto insere-se numa dinâmica de activação das infra-estruturas na economia global, através da arrecadação de receitas que resultam da cobrança de taxas de concessão aos grandes investidores internacionais, resultando até agora na entrada de 380 milhões de dólares para o Orçamento Geral do Estado.

    Segundo o ministro dos Transportes, a actual extensão do Corredor do Lobito até à Zâmbia, através dos Caminhos-de-Ferro de Benguela, permite promover o emprego, através do sector Privado, para a mão-de-obra das diferentes indústrias que podem ser criadas ao longo de toda a linha férrea.