Um total de 98 mil toneladas de produtos agrícolas diversos, com destaque para o feijão, milho e soja, vai ser colhido, na presente campanha agrícola, no município do Mungo, província do Huambo.
Em declarações ao Jornal de Angola, o director municipal da Agricultura, Arlindo Soares, disse que o reforço do fomento da agricultura familiar constitui a principal aposta no combate à fome e à pobreza.
Para o sucesso da campanha agrícola, a nível do município do Mungo, estão envolvidos na actividade de cultivo 23 mil famílias camponesas associadas em 35 cooperativas, 120 associações de camponeses e 69 Escolas de Campo, para além dos agregados que não fazem parte de nenhuma agremiação.
De acordo com o também engenheiro agrónomo, na presente época agrícola, os níveis de colheita no município são satisfatórios, prevendo a produção de alimentos suficientes para os camponeses sustentarem as suas famílias e o excedente servir para a
comercialização.
Para o sucesso desta campanha agrícola, Arlindo Soares disse que o Governo, através da Direcção Provincial da Agricultura, injectou no princípio da época mais de 158 toneladas de inputs agrícolas diversos e sementes, no âmbito do Programa de Fomento Agrícola, o que galvanizou os camponeses para desbravar maior quantidade de terras.
Arlindo Soares elogiou o papel dos camponeses familiares no processo de produção em grande escala, assim como no fornecimento de alimentos para os grandes centros de consumo.
Aumento das áreas de cultivo
O responsável destacou os terrenos férteis para a prática agrícola que a região oferece.
A Administração Municipal e as Organizações Não-Governamentais (ONG) têm estado a apoiar os camponeses com inputs agrícolas e sementes, com vista a aumentar as zonas de cultivo.
O Mungo, fez saber, produz 11 variedades de feijão, onde o maior destaque recai para o feijão manteiga, preto e amarelo.
Para além do feijão, a localidade produz milho, jinguba, frutas, batata-rena e doce, sendo que os principais clientes são oriundos de diferentes pontos do país, mas também já se fala em empresários da vizinha República Democrática do Congo (RDC), que financiam sobretudo a produção de feijão muito antes das colheitas.
No município, o número de famílias a praticar a agricultura tem estado a crescer, graças aos incentivos que têm sido canalizados pelo Estado, o que tem contribuído para o desenvolvimento económico da província e do país.