• Governo quer crescimento harmonioso da população


    O Executivo angolano está a trabalhar com os parceiros de desenvolvimento, nacionais e internacionais, com o objectivo de impulsionar as reformas para acelerar o crescimento inclusivo e harmonioso das populações, garantiu ontem, em Luanda, o secretário de Estado para o Planeamento.

    Luís Epalanga, que falava no acto central alusivo ao Dia Mundial da População, assinalado ontem, disse que o Governo tem estado a traçar políticas que garantam a equidade de género e o empoderamento da mulher, para a sua integração sustentável e inclusiva em todas as franjas da sociedade.

    O governante frisou que, no âmbito da implementação do Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN) 2023-2027, estão em curso actividades com foco na população, como o Programa Integrado de Desenvolvimento Local e Combate à Pobreza, Igualdade de Género, bem como o Programa de Desenvolvimento Integral da Juventude.

    De acordo com Luís Epalanga, o Governo também está a levar a cabo programas de emprego, empreendedorismo e formação profissional, expansão e modernização do sistema de ensino, acção social e valorização da família, além do relativo à Expansão e Melhoria do Sistema Nacional de Saúde. No âmbito do Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN), acrescentou, o Executivo definiu como uma das principais prioridades a adequação da dinâmica demográfica ao potencial económico do país.

    Luís Epalanga realçou que para que todos estes projectos funcionem, o Ministério do Planeamento e o Fundo das Nações Unidas para a População (FNUAP) definiram um plano de acção conjunto que vai permitir a elaboração do Plano Nacional de Aproveitamento do Dividendo Demográfico em Angola, com base nos resultados do Censo Geral da População e Habitação 2024, e do Inquérito de Indicadores Múltiplos de Saúde.

    "Com estes instrumentos, estamos convencidos de que o país há-de reforçar as medidas de política necessárias para enfrentar os desafios decorrentes de uma população em ritmo crescente e maioritariamente jovem”, referiu.

    O secretário de Estado disse que se estima, até 2050, que a população do país aumente dos actuais 35 milhões para perto de 70 milhões, estando prevista uma redução da taxa de fecundidade – tida como uma das mais altas do mundo, que é de quatro a cinco filhos por mulher – para três a dois filhos por mulher.

    Por essa razão, continuou, é necessário garantir um futuro sustentável para o país, em que a população cresça a um ritmo que permita melhores condições de vida a todos os angolanos.

    Apoio do FNUAP

    Por seu turno, a representante interina do FNUAP em Angola, Hege Wagan, garantiu que o Fundo das Nações Unidas para a População vai continuar a apoiar os programas que visem o crescimento do país.

    Hege Wagan realçou que o FNUAP pretende, por isso, aproveitar os resultados do Censo Geral da População, que arranca a 19 de Setembro, para criar soluções que abordem os desafios enfrentados por Angola.