• DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA POTÁVEL - Quilonga e Bita vão beneficiar mais de 10 milhões de habitantes


    Sete milhões e quinhentos mil habitantes de Luanda vão beneficiar de água potável após a conclusão das obras dos projectos de produção e distribuição de Quilonga e Bita, o que vai elevar o acesso a este líquido a mais de 10 milhões de pessoas até 2027.

    A garantia foi dada pelo Presidente da República, João Lourenço, em declarações à imprensa, depois de uma visita efectuada esta terça-feira, 02 de Julho, à Estação de Tratamento de Água (ETA) de Quilonga, na Comuna do Bom Jesus, município de Icolo e Bengo.

    O Chefe de Estado precisou que o projecto de Quilonga irá satisfazer cerca de cinco milhões de pessoas e o de Bita dois milhões e meio, que se juntarão aos actuais pouco mais de três milhões de habitantes de Luanda que já têm acesso à água potável.

    “É uma diferença muito grande em relação aos actuais pouco mais de três milhões de habitantes que beneficiam de água. Portanto, vamos passar de três para 10 milhões. Será um passo, sem sombra de dúvidas, significativo”, disse.

    Segundo João Lourenço, a partir do final deste ano, algumas zonas da cidade começarão a receber água dos projectos de Bita e Quilonga, bem como do GEPE, que fornecerá o produto às populações de várias áreas de Luanda.

    “Para quem ainda não beneficia da água, uma palavra de conforto e de esperança, de que no decorrer dos próximos dois anos, paulatinamente, vamos aumentando o número de cidadãos que vão beneficiar de água”, assegurou.

    João Lourenço reconheceu que o rápido crescimento demográfico exerce uma pressão significativa sobre o Executivo, e acrescentou  que houve um período em que a água produzida e distribuída em Luanda era suficiente, mas o aumento exponencial da população superou a capacidade de acompanhamento.

    Na ocasião, o ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, também garantiu que os projectos de Quilonga e Bita vão duplicar a actual capacidade de abastecimento de água em Luanda, prevendo-se, com a sua concretização até 2027, a eliminação progressiva do défice de água na cidade.

    Os projectos não só compreendem os sistemas de captação e tratamento de água e  armazenamento, como também a extensão da rede de distribuição, principalmente para novos bairros, tendo mencionado o Zango, Ramiros e outros, que também terão água canalizada.

    O ministro anunciou também a construção de cerca de mil e setecentos chafarizes em localidades em que não for possível levar água canalizada, destacando o projecto Pro Água, que visa a melhoria da eficiência e optimização da capacidade instalada, com a substituição de condutas antigas e reparação de bombas avariadas.

    O projecto de Quilonga faz parte do Sistema 5 de Abastecimento de Água em Luanda,    abrange uma área de serviço de 60.815 hectares e beneficia mais de três milhões de pessoas.

    Com um valor contratual de 491 milhões de dólares americanos, a produção diária de 500.000 toneladas de água tornará esta Estação de Tratamento de Água (ETA) a maior em Angola.

    O projecto está posicionado para ganhar o "Luban Award for Overseas Projects" e visa tornar-se uma referência no abastecimento de água em África.