• DESENVOLVIMENTO DO TURISMO NO NAMIBE Presidente da República inaugura nova sede do Parque Nacional do Iona


    O Presidente da República, João Lourenço, inaugurou este sábado, 18 de Maio, as infra-estruturas da nova sede do Parque Nacional do Iona, na província do Namibe.
    Na ocasião, o governador provincial, Archer Mangueira, afirmou ter chegado a hora, com o impulso do Presidente da República, de transformar o Parque do Iona numa âncora para o desenvolvimento do turismo no Namibe.
    Archer Mangueira destacou que o Parque ocupa, em Angola, o centro do deserto com uma área de 15.150 quilómetros quadrados, onde se encontra a maior duna de areia do mundo, a Duna 7, com cerca de 383 metros e a Welwitschia Mirabilis, que só existe em Angola e na Namíbia.
    De acordo com o governador, o Parque, em plena actividade, contribuirá para a gestão sustentável de toda a riqueza ambiental, da biodiversidade, da fauna e da flora, tal como começa a acontecer, fruto da parceria com a African Parks.
    “Estabelece-se aqui um importante foco de desenvolvimento capaz de tirar partido deste lugar único(onde o mar e o deserto se encontram) e de todo potencial da Foz do Cunene”, frisou.
    Com a funcionamento do Parque do Iona, Archer Mangueira realçou ainda, estarem criadas condições para o surgimento de novos produtos turísticos de qualidade e que marquem a diferença.
    Para isso acontecer, com garantia de sustentabilidade, o governador disse que será necessário estabelecer um quadro legal para as actividades a serem exploradas e continuar o repovoamento de animais, para permitir o estabelecimento de coutadas de caça, Bird Watching e o incentivo ao Rali no deserto, atraindo investimentos em resortes e serviços similares, sem abandonar a atenção social e a inclusão das comunidades locais.
    Por sua vez, a ministra do Ambiente, Ana Paula de Carvalho, realçou que Angola alberga uma das maiores e mais importantes biodiversidades de África, sendo considerado um dos países de megafauna a nível mundial.
    No entanto, avançou que esta grande riqueza biológica sofreu grande pressão por muitos anos, o que levou à degradação de alguns ecossistemas e consequentemente uma diminuição drástica das populações de algumas espécies, quer da flora, quer da fauna, principalmente, que eram caraterísticas do país.
    “Esta situação levou, em certos casos, à extinção de algumas espécies emblemáticas, citando o rinoceronte nos parques do Luengué-Luiana e Mavinga, o desaparecimento das girafas no Parque da Mupa e o desaparecimento dos búfalos na reserva dos búfalos”, esclareceu.
    A ministra lembrou que diante desta situação de declínio contínuo, perante a riqueza biológica, o Governo angolano foi tomando medidas adequadas para reverter o quadro negativo observado.
    “Os resultados obtidos podem ser observados facilmente nos parques do Luengué-Luiana, do Bicuar, da Cangandala, do Mayombe e aqui no Iona, que tornaram o nosso país numa história de sucesso e reconhecido a nível internacional”, assinalou.
    Actualmente, segundo a governante, há melhorias visíveis no Parque da Quiçama, na Reserva Regional da Chimalavera e, principalmente, no Parque do Iona, onde foram inauguradas as novas instalações da sede, que antigamente estavam na zona da Espinheira.
    A dinâmica de crescimento populacional de muitas espécies, a redinamização de muitos corredores da vida selvagem e a necessidade de proteger os ecossistemas raros ou ameaçados levou ao Ministério a desenvolver um programa de expansão das áreas de conservação.
    “Vou aqui assinalar o processo em curso de novas áreas de conservação protegidas, como é o caso do Morro do Moco, no Huambo, a Floresta do Cumbira, no Cuanza Sul, e da Serra do Pingano, no Uíge, elevando assim a cobertura actual em áreas terrestres de 13 para 16 por cento”, apontou.