Os deputados da 2ª Comissão de Trabalhos da Assembleia Nacional, que trata dos assuntos de Defesa, Segurança, Ordem Interna, Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, constataram, terça-feira, em Santa Clara, província do Cunene, o estado da fronteira entre Angola e a República da Namíbia.
Os parlamentares, que efectuam uma visita de trabalhode quatro dias ao Cunene, receberam explicações sobre o movimento na fronteira comum, onde as principais preocupações apresentadas recai para o contrabando de combustível, mercadorias e a violação do perímetro fronteiriço, que ocorre diariamente.A presidente da 2ª Comissão de Trabalhos, Ruth Mendes, mostrou-se satisfeita com as condições postas à disposição dos efectivos da Polícia de Guarda Fronteira, que tem permitido manter inviolável a fronteira entre os dois países.
Ruth Mendes disse que, actualmente, os órgãos que controlam a fronteira têm no uma infra-estrutura com um sistema de radar capaz de visualizar imagens num raio de até 37 quilómetros, ao mesmo tempo monitorar e rastrear o movimento por via de um detector automático, transmitindo esses dados em tempo real.
A deputada realçou que o contrabando de combustível e de mercadorias, assim como a entrada e permanência ilegal no país requerem das autoridades uma atenção especial, porque arruínam a economia nacional. A parlamentar disse que as relações entre Angola e a Namíbia são "históricas” e que os dois governos devem assegurar que as mesmas sejam pacíficas.