João Lourenço defende pragmatismo na relação entre África Europeia
A relação entre a União Africana e a União Europeia deve guiar-se por um espírito de pragmatismo, sem burocracias que retardem a implementação de acções importantes, exortou esta segunda-feira, 24 de Novembro, em Luanda, o Presidente da República e da União Africana, João Lourenço.
Ao discursar na abertura da 7.ª Cimeira União Africana–União Europeia, no Salão Protocolar da Presidência da República, o Chefe de Estado angolano disse apreciar o funcionamento da cooperação entre África e Europa, mas defendeu a adopção de medidas que permitam fixar os jovens africanos nos seus países de origem, através de projectos que assegurem formação profissional e empregabilidade.
No seu ponto de vista, o continente continua a enfrentar uma significativa carência de quadros, o que limita a participação dos africanos na execução de projectos conjuntos e dificulta a resposta às necessidades de mão-de-obra das empresas europeias que investem em África.
Ao abordar o empreendedorismo e o investimento, o Presidente destacou que África necessita de acesso a financiamentos com custos confortáveis, fundamental para a electrificação, industrialização e melhoria da mobilidade de pessoas, bens e serviços.
Esse esforço, disse, é decisivo para edificar as bases que impulsionarão o desenvolvimento do continente africano.
O estadista angolano alertou, contudo, que tal progresso exige uma nova visão sobre a relação financeira entre África e as instituições creditícias internacionais, defendendo mecanismos que permitam investir sem agravar o endividamento insustentável.
João Lourenço disse que a pobreza prolongada em África representa não apenas um problema interno, mas também um risco global, manifestado no surgimento cíclico de epidemias, emigração massiva, conflitos internos e outras fragilidades sociais.
“É com o objectivo de superarmos esse estado de coisas que atribuo uma grande relevância à cooperação União Africana–União Europeia, apelando no sentido de, sempre que possível, serem reforçados os meios e os recursos a serem disponibilizados para a dinamização crescente da cooperação
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COOPERAÇÃO INTERCONTINENTAL