• Angola construiu um total de oito fábricas de lapidação de diamantes em cinco anos


    A indústria diamantífera angolana inaugurou, entre 2019 e 2024, um total de oito fábricas de lapidação.

    Dados estimam que foram inauguradas, em Luanda, as fábricas de Stone Polished Diamond, com capacidade de processar 24 mil quilates por ano, KGK(60.000 cts/ano) e Pedra Rubra (60.000 cts/ano).

    No Pólo de Desenvolvimento Diamantífero de Saurimo (PDDS) foram inaugura- das as fábricas KGK, com capacidade de processar 180 mil quilates por ano, Stardiam (72.000 cts/ano), Kapau Gems (54.000 cts/ano), Pollaro (60.000 cts/ano) e Robust Diam (96.000 cts/ano), tendo gerado 456 empregos.

     

    Prioridades do sector

    O Programa Estratégico do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás contempla a construção de 19 fábricas de lapidação, no Pólo de Desenvolvimento Diamantífero de Saurimo, afectos à Sodiam, e a construção de 10 fábricas de lapidação, nas Lundas Norte e Sul, afectas à Endiama.

    O programa contempla, igualmente, a construção do Pólo de Lapidação de Diamantes do Dundo.

    Quanto à produção de ouro, o país espera produzir, no período de cinco anos, 13.180 onças finais.

    No ano passado, Angola atingiu uma produção de 1.247 onças finais. Este ano, o país prevê atingir 4.680 onças finais.

    Neste momento, estão em funcionamento cinco projectos de produção de pequena escala, em Chicuamone, Chipindo e Mapele (Huíla), Buco-Zau e Lufo (Cabinda), bem como de três projectos de desenvolvimento mineiro, afecto à Lombe Mining, em Cabinda, Mpopo e IMA, na província da Huíla.

    No total, o país conta com 38 projectos em prospecção,  com investimentos avaliados em 120 milhões de dólares, nas 18 províncias do país, com destaque para Cabinda com sete, Huíla cinco, Huambo cinco e Bengo quatro. O documento adianta que, para o próximo ano, está prevista a construção de uma refinaria de ouro em Luanda.

    Diamantes

    Angola prevê atingir, este ano, uma produção de 14,6 milhões de quilates de diamantes, com o objectivo de superar os 9,77 milhões produzidos no ano passado.

    Estes dados constam do Programa Estratégico do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás para o quinquénio 2023/2027.

    Segundo o documento a que o Jornal de Angola teve acesso, a meta do Executivo é que o país alcance uma produção de 17,5 milhões de quilates de diamantes em 2027.Para o próximo ano, Angola prevê produzir 15,1 milhões de quilates, e em 2026 aumentar a produção para 16,2 milhões de quilates.

    O relatório indica que devido aos níveis satisfatórios de produção registados em 2023, Angola foi classificada como o 4.º maior produtor mundial de diamantes. O aumento dos níveis de produção que o país atingiu, no ano passado, foi influenciado com a entrada em funcionamento dos projectos diamantíferos do Yetwene, na Lunda-Norte, e do Luele, na Lunda-Sul.

    O Programa Estratégico do MIREMPET indica que, entre 2024 e 2027, o projecto Luele vai ser fundamental para o aumento dos níveis de produção, nos próximos quatro anos, e foi estimado produzir cinco milhões de quilates por ano.

     
    Pedreiras em produção

    Até 2023, o país atingiu uma produção de 200 mil metros cúbicos de rochas ornamentais, com um total de 47 pedreiras em produção. Nos próximos cincos anos, Angola prevê atingir 235 mil metros cúbicos de rochas ornamentais, com o aumento do núme- ro de pedreiras em produção e da entrada em funcionamento do Pólo de Desenvolvimento de Rochas Ornamentais na província do Namibe.

    Quanto à produção de metais ferrosos, em 2023, os dados obtidos mostram que Angola produziu 45.242 toneladas métricas de ferro gusa e exportou 19.500. Este ano, a produção foi de 12.987 toneladas métricas e a exportação atingiu 24.679 toneladas métricas.

    A produção de manganês, no ano passado, caiu para 5.310 toneladas métricas. Em 2021, a produção atingiu 47 mil toneladas métricas e em 2022 Angola produziu 73.570 toneladas métricas.